sexta-feira, 13 de março de 2009

Eu voltei, voltei para ficar....

Tenho que confessar: não é só a falta de tempo que me impede de vir aqui. Tempo até arranjo, nos intervalos de todo o resto. O drama é a disposição. Às vezes, quase dormindo, ou no banho, me pego teclando meu laptop imaginário. Saem altos textos, narrativas enormes e intensas. Sento aqui e pronto: sono, cansaço e tal.
É a velhice chegando, fazer o que? Sudoku eu já desisti, não consigo entender como aquilo funciona. Palavras-cruzadas eu gosto muito, mas mesmo elas estão jogadas num canto.
Na verdade, por ser um blog estilo "Querido Diário", está refletindo o mesmo que acontece com todo o restante da minha vida: uma bagunça. Minha casa está uma bagunça, gavetas, papéis, a sensação é que posso ser engolida a qualquer momento. Minha mente está outra bagunça; quer dizer, não faço nenhuma estupidez por aí, mas sem papel e caneta à mão tenho sido um desastre.
Nada de depressão ou afins, só... o caos. Coisa pouca.
Como eu disse num e-mail recente, "queria passar um dia que fosse num comercial de Molico, mas sem o labrador dourado do lado, só pra recuperar as energias". Aquela calça branca de cordão na cintura, o top igualmente branco, barriga chapada, cabelos ao vento, passeando na praia. O mesmo modelito, dessa vez com moletom branco de capuz por cima pra espantar o friozinho, deitada "NO" sofá perfeito, lendo um livro, sol suave lá fora, copo de Molico em cima da mesa. Ai, ai... vai sonhando, mucama, vai sonhando.


A todos que têm me perguntado, aproveito esse post também pra esclarecer que minhas felinas se foram. Em novembro do ano passado, suuuper atualizada, eu.
Pena que não consegui que fossem juntas. E as duas chegaram nas casas novas e na mesma semana ambas foram dadas, de novo, para conhecidos das pessoas. Ô stress que deve ter sido pra elas! Mas acompanho à distância e até onde sei, estão felizes e bem ambientadas. Deus é pai, não é padrasto, minha gente!
A Nina foi pro meu contador, família gente boa, mas eles já tinham uma gata dona da casa. Que não curtiu a concorrência, rolou baixaria. Nina seguiu pra casa de uma sobrinha, uma chácara onde a família mora, ou seja, tem espaço e crianças. E adotou o "pai" da família como seu, espera-o chegar do trabalho e dorme ao seu lado a partir daí. Essa sabe viver, morro de saudades.

A Mia foi pra uma amiga da minha prima. Cheguei na casa com a caixa transportadora, uma gata em pânico dentro. Sobrado lindo, parecia esses de revista. Todo em branco por dentro, porcelanato branquésimo no chão, sofá e cadeiras de couro branco na sala, esperando pra ser o novo afiador de garras. Puxei a bichinha da caixa, saiu já fazendo xixi, de medo. Naquele rejunte branco, ai Jisuis. Leva a favelada na mansão, dá nisso. Viu um gato (também já dono da casa e outro traumatizado com a vida) no lado de fora, saiu correndo em direção à porta de vidro da sala da mulher. Fechada. Deu com o focinho no vidro, se assustou e se enroscou na persiana, parecia o Mr. Bean sob efeito de drogas pesadas.
Resolvi ir embora antes que a mulher desistisse da adoção.
No dia seguinte ela ficou escondida, à noite foi trancada na cozinha da casa, com o gato na lavanderia, porta ao lado. Se provocaram a noite toda, ela derrubou o escorredor cheio de louça, abriu portas de armários (há, favelada, mas inteligente!), tava virada num saci. E passou outro dia escondida. Finalmente no terceiro dia veio a diarista da mulher, que conseguiu chegar perto da pequena, deu comida, carinho e... acabou ganhando a gata. Liguei mais duas vezes e me desliguei, dói ainda essa situação. Ás vezes acho que vou abrir a sala de manhã e encontrar as duas enroscadas no sofá.
Saudade! E decidi que mesmo amando pequenos animais, só terei bichos de estimação se o Theo pedir muito e provar por A + B que é capaz de cuidar também. Ou seja, demora.
Bom, espero criar disposição frequente pra voltar a postar. Sinto tanta falta, esse canto merece mais atenção.
A todos que não desistiram de mim, meus sinceros agradecimentos.
Hasta!



Um comentário:

Tali Godoy disse...

Ok, ok... muito contente por ser a causadora da sua volta ao blog... =)

Quanto ao destino das gatas, acho que estão em boas mãos... mas não me contive e ri um bocado com a história da "gata favelada"...rsrs

E o Pequeno, como está?

Beijos...!!!