Enquanto zilhões de comentários, posts, notícias e divagações reclamaram pelo joguinho de ontem do Brasil, eu me diverti. Não vendo o jogo, pois não sou realmente fã de futebol. Vá lá, vi uns pedaços do jogo anterior, mas era domingo, estava em casa de amigos e já tinha lavado a louça do almoço, ido ao mercado, passeado com o Theo no carrinho, aí vi o final em boa companhia.
Mas ontem...
País parado em plena sexta de manhã, Theo acordou tarde, resolvi desovar os episódios finais da série Ugly Betty, que tinha baixado e ainda não havia encontrado tempo de assistir.
Amei esse seriado, bem colorido, leve, divertido. 4 anos ali, convivendo com os Suarez e os Meade. Achei tudinho o Justin saindo do armário, tão lindo, tão doce, em plena adolescência! Confesso que "siacabei" de chorar com ele tirando o namoradinho pra dançar no casamento da mãe, na frente de todo mundo. E com a Betty se despedindo da família, se mudando pra Londres.
Às vezes me questiono quanto a esse meu envolvimento com minhas séries favoritas. Sim, eu sei que aquilo não é real. Não com aquelas pessoas. Mas por ser essa atenta observadora da espécie humana, aquilo me encanta, pois em algum lugar desse planeta existem pessoas que vivem daquela maneira e sim, são bem reais.
Não tenho paciência com novela, nem brasileira, nem mexicana, nem... do SBT, que tenta misturar as duas. Mas seriados (sitcoms) são diferentes. A produção está cada vez mais apurada, os roteiristas andam inspirados, me vejo doida tentando selecionar os prediletos da vez sem deixar minha vida, minha família, meus amigos e minhas obrigações de lado. E a Betty tava ali nos favoritos...
Foi assim com Barrados no Baile (virge, entregando a idade!), Friends, Gilmore Girls e um punhado de outros seriados que me conquistaram nos últimos anos. Pior quando a série é cancelada sem mais nem menos, e os personagens ficam sem rumo e sem destino na minha mente.
É como se um grupo de amigos mudasse para a Faixa de Gaza. Território controlado, comunicações idem, tipo "me esqueçam, fui pra Palestina". Aí você abstrai e faz de conta que nunca os conheceu, pra não sofrer de preocupação e saudade.
*gente, coitado do Theo com uma mãe dessas. Imagina esse menino querendo fazer intercâmbio aos 15 anos?
Olha, mas minha vida tem tanto pepino pra resolver e coisas complexas pra destrinchar que eu A-DO-RO essa minha porção "girlie-glitter-butterfly".
Mantém o equilíbrio e a ordem natural das coisas.
So long, Betty!
3 comentários:
oioi, uli!
olha eu confesso que não sou muito fã da Beth...mas concordo que a gente precisa de alguma 'distração' da vida cotidiana e real, pra manter a sanidade e equilíbrio.
beijocas.
é aqui que assina?!? rsss! imagina a Mila com uma mãe desse tipo tbém!?! hahahahahahaha! eu não sou ninguém sem meus seriados!
"É como se uma grupo de amigos mudasse para a Faixa de Gaza."
Hahahahahaha, genial! :D
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