quinta-feira, 26 de julho de 2007

Mal-traçadas linhas

Hoje conversei com meu pai sobre a importância de escrever. Pra quem gosta, claro. E que ferramentas como o blog ajudam muito nesse processo.
Perdi meu medo de escrever lá pelos meus 10, 11 anos de idade. Já gostava de contar histórias (estórias também, mas não gosto da palavra...generalizo todas com o his), porém colocá-las organizadamente, começo, meio e fim, nexo, enredo, só aprendi com minha professora de português e literatura. Lia Salvador. Minha professora da quinta série até o segundo grau.
Suas aulas me desafiavam, provocavam e me encantavam.
Mas aprendi a ter responsabilidade sobre o que escrevia quando ela lançou um tema de redação entre as turmas da escola. Eu, muito atarefada com outras matérias, expliquei para minha grande-pequena amiga Tamisa, colega de outra turma, sobre o que queria escrever e ela redigiu meu texto. Que foi escolhido o melhor de todos. Ai, a ética...

E para explicar que focinho de porco não era tomada? Eu tinha um bom relacionamento pessoal com a Lia, sempre fui muito interessada em suas aulas. Mas era uma menina, a Tamisa também havia feito sua redação própria e não teve grandes reconhecimentos por ela. Abri mão do falso mérito indo até a casa da professora, carregando a Tami comigo. Ela nos deu um puxão de orelha, agradeceu a sinceridade e me deixou escrever outro texto. Retirou a redação do quadro de destaques, deu nota máxima para minha amiga e a história morreu aí.

Desde então me empenhei ao máximo quando um texto me é pedido. Apresentação, letras/fontes legíveis, ortografia, penso sempre que um texto é como um filhote, a partir do momento em que deixo o mundo vê-lo, ele não mais me pertence. Já é do mundo. E merece ser compreendido.

Sentar periodicamente em frente a uma tela em branco e não se desesperar, deixar a mente fazer conexões, buscar inspiração nas mínimas coisas, são exercícios importantes para a memória e o "não enferrujar" do cérebro.
E com essa variedade sem fim de opções que chegam diariamente até nós via Google, dá pra se deliciar, com um pouco de paciência e algumas horas de sono a menos, enfeitando, arrumando, tornando mais agradável o quê e como se vê aqui.

Falando em enfeitar e embelezar, continuo na luta operário-padrão "por um melhor local de trabalho". Se os deuses conspirarem a favor, até sábado termino grande parte do meu projeto, no melhor estilo Casa Cor. Têm que servir para algo, afinal, meus quase dois anos de noites frequentando o curso de design de interiores!
Fotos serão postadas aqui, após o término do trabalho.
Música de hoje: Valse d´Amélie (piano version) - trilha do filme O Fabuloso Destino de Amélie Poulain

3 comentários:

Anônimo disse...

Puxa , nunca fiquei sabendo deste episódio divertido !
bjo

Carola disse...

Pode sim!!!

Como diz o meu sobrinho, eu virei "nube" nesse lance de html e tal... que quer dizer uma pessoa que não entende nada, saca?! Hahaha!

Tbém vou linkar o seu blog, dxa só eu descobrir como que faz... hehe!

Bjs!

Anônimo disse...

Escrever é bom demais, e eu também descobri esse gosto bem novo. Desde sempre odiei as matérias exatas. Já nas humanas, sempre me dei bem. Engraçado que com a minha irmã é diferente! Ela ama Matemática e odeia Português. Literatura era uma das aulas que eu mais gostava tb no Ensino Médio. A profa. era maluca, eu adorava! História idem. Mas Redação era meu forte e, acho, continua sendo. Não é à toa que eu decidi seguir pro Jornalismo. Eu tb fico meio travado às vezes, mas é só vc ter o estalo de escrever as primeiras linhas, que as seguintes já saem naturalmente. Até hoje ainda sinto uma certa timidez com relação ao que escrevo, mas acho que tem mais a ver com não querer que as pessoas tenham acesso ao meu íntimo do que propriamente à formação do texto. Enfim, tô bêbado de sono e devo ter escrito pencas de baboseiras. Desculpe qualquer errinho, rsrs.
Beijos!