terça-feira, 23 de junho de 2009

"Na saúde e na doença"

Bom, Theo sarou da gripe. Aí fui em quem caiu na dança. Em seguida Cláudio fez as honras e entrou na contradança, e assim passamos um mês emperebado.
Apesar do "virus free environment", a preguiça e lezeira típicas de inverno chegaram, na verdade praticamente despencaram, aqui em casa. O único em constante movimento é o pequeno. Gente, como pula! E derruba coisas, e quebra outras, e gargalha muito e sempre.
Esse frio curitibano é de lascar, a roupa demora uma era pra secar no varal. Tenho três, sempre cheios. E fico perseguindo qualquer vestígio de sol ou vento pela casa, na tentativa de adiantar minha vida e minhas funções "do lar".

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Minha gata mais velha, a Miucha, está doente. Foi meu presente de 18 anos, já está com 16, a bichinha. Desde que me mudei para um apartamento ela ficou morando com meus pais, estava acostumada com jardim, tomar sol lá fora, etc. É tida como Highlander há anos, essa nasceu com umas 19 vidas. E já gastou quase todas, de tanto que aprontou em vida. Mas começou a "inflar" há umas duas semanas e está há 5 dias internada. Aparentemente, o intestino não estava funcionando há um bom tempo, estava desidratada e coisinhas decorrentes do quadro. Daí pra ultrassom, raio-x, dias de fluidificação e nesse momento, cirurgia, foi um pulo.
É uma gata super discreta, se procurar bem é capaz de se encontrar uma plaquinha de patrimônio por baixo do pêlo. Quase um móvel da casa, sempre ali, dormindo ou acompanhando os movimentos da família. Não me agrada em nada a possibilidade de perdê-la... tantas memórias boas com ela no meio! Foi testemunha da minha adolescência tardia, companheira, dividiu a cama comigo por muitos anos, me defendeu e alertou de perigos inúmeras vezes. Chata como só uma boa siamesa consegue ser, inteligente a ponto de subir na pia e bater a pata na chaleira às 5 da tarde, hora de esquentar a bolsa de água quente dela.
Há duas semanas, no feriado, pais viajaram e fiquei encarregada de ir até a casa deles cuidar da Mi. Logo no primeiro dia, uma angústia enorme ao vê-la. Demorou a atender meu chamado, quase não havia comido. Mas veio toda fofa, ronronando e querendo seu cafuné. Senti algo esquisito. Nossa comunicação anda falha, com o Theo minhas atenções não se voltam mais muito para ela quando vou até lá. Mesmo assim, nossa sintonia é forte. Dias depois, o pedido para que eu a levasse ao veterinário. Na consulta, garganta engasgada o tempo todo. Me despedi dela com muito carinho e conversa. Mas essa história de cirurgia me deixou apreensiva... em tese é só pra retirar líquido da cavidade abdominal, mas os exames até agora foram inconclusivos.
Que ela não sofra.
No aguardo de notícias.



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