Escrevo (mal) acompanhada por um som que odeio: gente jogando truco.
Adoro meu apartamento, a tranquilidade, a localização, mas sempre existe um porém; o salão de festas. É uma construção no jardim, ótima quando sou eu que dou as festas, péssima quando são os vizinhos que o fazem. Ué, sou humana, gente!
Ele fica abaixo da janela do meu quarto. Festas de criança são meu terror dos finais de semana, pois às 8 da manhã lá estão os moços montando camas-elásticas, piscina de bolinhas, etc. Detalhe: as festas geralmente são às 15 ou 16:00, isso quer dizer que todas as crianças da família aproveitam o pré-festa nos brinquedos. Gritaria e choro das 8 da manhã às 10 da noite.
Mas não ganham das festas de faculdade dos jovens (credo, como me senti velha escrevendo isso) do prédio. A cerveja vai subindo, alguns animados resolvem jogar bola no pequeno gramado (futebol, outro dos meus questionamentos sobre o por quê da existência; assunto para outra hora), e lá vem ele, o mais odiado e temido dos jogos de carta: o truco.
É um tal de "seis!", "gato!" e afins que realmente me causam náuseas. Tudo bem, jogos são divertidos, unem as pessoas e tal; mas nos outros, mesmo que haja comoção, existe estratégia, blefe, risos, tensão. Já o truco, eu não consigo desvencilhar da imagem de pessoas muito alcoolizadas e sem noção do ridículo.
Cheguei a proibi-lo em minhas festas e aniversários, desde um em que o então namorado da amiga chegou com 5 amigos a tiracolo e baralho na mão. Não esqueço da cena, fui ao portão me despedir de uma amiga e quando voltei, alguém havia desligado o som (devia estar atrapalhando a concentração, afinal), a cerveja esgotou rapidamente e as conversas foram diminuindo. E o povo ficou meio robotizado em volta dos 6 infelizes, impossível manter uma conversa agradável com aquele berreiro todo.
Ai que ódio.
Numa atitude bem "dona-da-festa", puxei o namorado da amiga num canto e pedi que me entregasse o baralho, ou fossem jogar lá no quintal (hehe, eu faço aniversário no inverno). Bicos, caras feias, mas houve uma certa sensação geral de alívio e conforto da parte das minhas pessoas queridas. Ah, me poupem.
E como num teste do Universo, venho morar ao lado de um salão de festas. Onde quase nunca sou a dona da festa.
Então, nesse domingo agradável e ensolarado estou no canto mais longe possível do meu quarto, com janelas vedadas e portas fechadas, me restando apenas esse mundo virtual como refúgio. Claro, podia ir no Bosque do Papa aqui perto ler meu livro, mas aí já é outra história. Implica em sair da minha inércia domingueira.
Tsc.
Vai passar.
What I Am - Edie Brickell - Eddie Brickell and The New Bohemians
I'm not aware of too many things
I know what I know, if you know what I mean
Philosophy is the talk on a cereal box
Religion is the smile on a dog
I'm not aware of too many things
I know what I know, if you know what I mean, d-doo
yeah
Shove me in the shallow waters
Before I get too deep
What I am is what I am
Are you what you are or what?
What I am is what I am
Are you what you are or
Oh, I'm not aware of too many things
I know what I know, if you know what I mean
Philosophy is a walk on the slippery rocks
Religion is a light in the fog
I'm not aware of too many things
I know what I know, if you know what I mean, d-doo
yeah
Shove me in the shallow water
Before I get too deep
What I am is what I am
Are you what you are or what?
What I am is what I am
Are you what you are or what you are and
What I am is what I am
Are you what you are or what?
Don't let me get too deep (4x)
Shove me in the shallow water
Before I get too deep
Shove me in the shallow water
Before I get too deep (2x)
2 comentários:
Hahaha, hilárias certas partes do post. Joga uma dúzia de ovos lá no salão de festas que tá resolvido, rs. Não dizem que vc tem que responder na mesma moeda?? :D
Oi... tudo bem? Vc tá viva ainda? Quebrou a mão, foi isso?! KKKKK!!! Bjus!
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