domingo, 26 de agosto de 2007

Vida em Comunidade

Escrevo (mal) acompanhada por um som que odeio: gente jogando truco.
Adoro meu apartamento, a tranquilidade, a localização, mas sempre existe um porém; o salão de festas. É uma construção no jardim, ótima quando sou eu que dou as festas, péssima quando são os vizinhos que o fazem. Ué, sou humana, gente!
Ele fica abaixo da janela do meu quarto. Festas de criança são meu terror dos finais de semana, pois às 8 da manhã lá estão os moços montando camas-elásticas, piscina de bolinhas, etc. Detalhe: as festas geralmente são às 15 ou 16:00, isso quer dizer que todas as crianças da família aproveitam o pré-festa nos brinquedos. Gritaria e choro das 8 da manhã às 10 da noite.
Mas não ganham das festas de faculdade dos jovens (credo, como me senti velha escrevendo isso) do prédio. A cerveja vai subindo, alguns animados resolvem jogar bola no pequeno gramado (futebol, outro dos meus questionamentos sobre o por quê da existência; assunto para outra hora), e lá vem ele, o mais odiado e temido dos jogos de carta: o truco.

É um tal de "seis!", "gato!" e afins que realmente me causam náuseas. Tudo bem, jogos são divertidos, unem as pessoas e tal; mas nos outros, mesmo que haja comoção, existe estratégia, blefe, risos, tensão. Já o truco, eu não consigo desvencilhar da imagem de pessoas muito alcoolizadas e sem noção do ridículo.
Cheguei a proibi-lo em minhas festas e aniversários, desde um em que o então namorado da amiga chegou com 5 amigos a tiracolo e baralho na mão. Não esqueço da cena, fui ao portão me despedir de uma amiga e quando voltei, alguém havia desligado o som (devia estar atrapalhando a concentração, afinal), a cerveja esgotou rapidamente e as conversas foram diminuindo. E o povo ficou meio robotizado em volta dos 6 infelizes, impossível manter uma conversa agradável com aquele berreiro todo.
Ai que ódio.
Numa atitude bem "dona-da-festa", puxei o namorado da amiga num canto e pedi que me entregasse o baralho, ou fossem jogar lá no quintal (hehe, eu faço aniversário no inverno). Bicos, caras feias, mas houve uma certa sensação geral de alívio e conforto da parte das minhas pessoas queridas. Ah, me poupem.
E como num teste do Universo, venho morar ao lado de um salão de festas. Onde quase nunca sou a dona da festa.
Então, nesse domingo agradável e ensolarado estou no canto mais longe possível do meu quarto, com janelas vedadas e portas fechadas, me restando apenas esse mundo virtual como refúgio. Claro, podia ir no Bosque do Papa aqui perto ler meu livro, mas aí já é outra história. Implica em sair da minha inércia domingueira.
Tsc.
Vai passar.

What I Am - Edie Brickell - Eddie Brickell and The New Bohemians



I'm not aware of too many things
I know what I know, if you know what I mean
Philosophy is the talk on a cereal box
Religion is the smile on a dog
I'm not aware of too many things
I know what I know, if you know what I mean, d-doo
yeah
Shove me in the shallow waters
Before I get too deep
What I am is what I am
Are you what you are or what?
What I am is what I am
Are you what you are or
Oh, I'm not aware of too many things
I know what I know, if you know what I mean
Philosophy is a walk on the slippery rocks
Religion is a light in the fog
I'm not aware of too many things
I know what I know, if you know what I mean, d-doo
yeah
Shove me in the shallow water
Before I get too deep
What I am is what I am
Are you what you are or what?
What I am is what I am
Are you what you are or what you are and
What I am is what I am
Are you what you are or what?
Don't let me get too deep (4x)
Shove me in the shallow water
Before I get too deep
Shove me in the shallow water
Before I get too deep (2x)

2 comentários:

Anônimo disse...

Hahaha, hilárias certas partes do post. Joga uma dúzia de ovos lá no salão de festas que tá resolvido, rs. Não dizem que vc tem que responder na mesma moeda?? :D

Anônimo disse...

Oi... tudo bem? Vc tá viva ainda? Quebrou a mão, foi isso?! KKKKK!!! Bjus!