terça-feira, 24 de maio de 2011

It´s been a long, long day...

Entonces.
Não passei dessa pra melhor, não. Estava apenas em um processo de vida mais real e menos virtual.
First things first: outro ser me habita e não é distúrbio psiquiátrico. Gravidez. Prenhice. Peguei barriga.

 Dessa vez é menina e isso meio que me apavora. Eu gostaria que fosse menina, mas com a confirmação saí da zona de conforto e agora todo um mundo cor de rosa se apresenta diante de mim. Frio na espinha.
Tenho ainda 5 meses pela frente de noites razoavelmente bem dormidas antes do furacão recomeçar, muitas questões a serem definidas (questões espaciais principalmente, digamos que nosso apto não seja exatamente enorme, e que a quantidade de coisas que existem dentro dele atingiu o limite que o próprio pode comportar).
Mas esse é o tipo de problema que tem solução. Já vi nas ecografias que ela é toda bem montadinha, tem tudo no lugar certo e isso sempre dá uma certa tranquilidade. Continuo não entendendo as mulheres que gostam de gravidez, mas isso provavelmente é porque eu sou uma control freak de carteirinha.

Como assim algo está acontecendo comigo e eu não posso controlar? Opinar? Saber de antemão?

Dessa vez, ao contrário do Theo, tive muitos enjôos (inclusive computador me enjoava, vide o sumiço), muitos sintomas típicos que até então eram apenas lenda de grávida. Lhes digo que foi BEM de verdade. Os pesadelos vieram com tudo, horríveis, apavorantes, mas no quarto mês tudo diminuiu. Amém. Já durmo melhor, já tenho mais disposição e lucidez.
Theo não gostou nadinha da possibilidade de ser uma menina, passou mais de mês agressivo, duelando fisicamente com minha barriga, mas na ecografia para confirmação do sexo ele foi junto e tudo mudou. Hoje conversa com a barriga, dá beijos no umbigo, conta orgulhoso pro mundo ouvir que "ele vai ter uma irmã!". Uff.
Pontos positivos: foi um bebê planejado; é minha última gravidez (a gente não deve dizer 'nunca', mas nessa caso, em sã consciência, será o último bebê); vou poder brincar de menina, brinquedo novo!; isso me aproxima mais da linha de chegada, onde em uns 3 anos terei duas crianças relativamente independentes e poderei voltar a ser mulher adulta, profissional, sair um tanto desse universo mimimi que me cerca.
Me conhecendo, sei que terei altos acessos nostálgicos de falta do mimimi, mas serão situações pontuais e só. Brincarei com os sobrinhos que ainda virão e vai passar.
Outro motivo de não vir mais tanto aqui é que não queria ser "monoassúntica" de novo, só falar de gravidez e bebês e berço e etc. Pra isso existem blogs bem específicos, das ditas mulheres que amam gravidez. Not the case here. Amo bebês, tanto que estou me dedicando a fazer mais uma. Ponto. Se precisa comer salada de agrião pra poder ganhar sobremesa, eu como. Não quer dizer que eu aprecie agrião.
Mas calma minha gente, que não tô assim um poço de mau humor. Existem lá aqueles momentos realmente mágicos de sentir um leve cutucão de um micro pézinho de 2 cm te fazendo cócegas por dentro. Existe aquela facilidade para se emocionar com as coisas mais simples da vida. Existe a - geralmente respeitada - lei da preferência em filas e lugares públicos. E nessa gravidez específica existe aqui dentro a diminuição de consumo de chocolate, por puro desinteresse (pasmem!) e um aumento da vontade louca e desvairada por frutas. Saudável, feliz, ponteiros da balança e minha obstetra agradecem.
A bebê ainda não tem nome, isso tem me incomodado um tanto. Um dia eu acordo com o nome na cabeça, assim espero.
Aos poucos, ela vai ganhando espaço nessa família.

Voltaremos em breve com um boletim atualizado dessa(s) vida(s) do lado de cá.

8 comentários:

harumi disse...

oioi, Uli!
lendo o seu post me identifiquei e acho que sou 'control freak'tb. e entendo quando vc diz "como assim, não posso opinar?" hahahahaha...
quando for a minha vez, volto aqui para reler tudo isso e te conto a minha versão, tá? hehehe...
parabéns pela família!!!

Joice Rocha disse...

Uli!
Primeiro parabéns pela menininha que vem por aí!! Segundo parabéns pela coragem de aberta e publicamente assumir que a gravidez não nos dá um estado de graça plena envolto de magia e perfeição.
Nunca estive grávida, mas ao trabalhar com tantas mulheres, muitas delas grávidas ou com bebês, percebi o quanto nós mulheres somos pressionadas a querer muito estar grávidas e amar isso. ;)
É bom divulgar a idéia que cada pessoa vive sua gravidez ao seu modo e isso é certo. O resultado ainda assim pode ser maravilhoso!
Mesmo sendo um processo difícil, será com certeza um agrião que vale pouco perto da sobremesa que você terá! Desejo muita saúde para todos vocês! grande abraço!
Joice.

Uli disse...

Harumi querida! Não se deixe contaminar, vai que você é uma das felizardas que ama gravidez? Torço pra que você aumente a família logo. Beijo!

Uli disse...

Valeu o apoio, Joice... não senti falta da barriga depois que o Theo nasceu, até agradeci voltar a andar em equilíbrio, sem a gangorra acompanhando ;o)
Tem coisas legais, claro, mas pra mim é só parte do processo. Talvez um dia eu fale "por que não aproveitei mais?", mas acho difícil. Beijo!

Thays Petters disse...

Vivaaaaaaaa!

Leleca disse...

Eu entendo você. Ah, como eu entendo. E vou dizer, no começo eu não gostava nem da sensação da coisinha mexendo aqui dentro. E olha que eu não tive enjôo, nem mal-estar, nem nada do tipo. Eu xingo as varizes que apareceram, mas é só. Mas eu não gosto porque você se transforma numa barriga - como se não tivesse mais assunto ou opinião. E como tem gente pra dar palpite, cruzes. Argh.

Agora, faltando dois meses pra dona Alice dar as caras, eu tou curtindo. Antes tarde do que nunca, né?

E parabéns de novo! :)

Uli disse...

Alice, Lê? Que linda! Queria tanto já ter um nome!
Pois então, tem seus momentos bem legais. Uma hora deixa de ser Alien e Predador e passa a ser A Noviça Rebelde e comédias açucaradas, né? Difícil é a paciência pra chegar lá ;o)
Saúde pra vocês duas!! Beijo

Carola disse...

Com a descrição que vc fez do apê de vcs, já fiquei imaginando aquelas casas de acumuladores assim.... hahahahaha! É, não deve ser nada fáci estabelecer o espaço de um novo bebê, ainda mais pq bebês sempre são espaçosos. E esse lance do monoassunto é foda... eu ando monoassuntica tbém, mas não sobre bebês, mas enfim... é entediante, tbém prefiro deixar quieto.

Quando achar o nome, conta pra gente!

Bjus!